O ex-vocalista do Skid Row, Sebastian Bach, celebrou o 35º aniversário do álbum de estreia da banda, “Skid Row”, apresentando o LP na íntegra na noite de segunda-feira (18 de novembro) no Whisky A Go Go, em West Hollywood, Califórnia. Vídeos filmados por fãs do show podem ser vistos abaixo.
Em uma entrevista recente ao Ultimate Classic Rock, Bach foi questionado se ele escreve músicas e letras regularmente. Ele respondeu:
“Eu escrevo o tempo todo, mas nunca escrevo. [Risos] Deixe-me explicar o que quero dizer. Sempre fui um cara que coleciona coisas. Coleciono riffs, letras e títulos. Mas, principalmente, riffs. Eu consigo transformar um riff em uma música. Um riff é um riff. Eu sei o que é um bom riff. Já conheci compositores que dizem: ‘Vou escrever uma música para o Sebastian Bach.’ Eles colocam todo esse tempo, esforço e emoção nisso. Tentam finalizar uma música inteira e me entregar. Isso raramente funciona. Porque eu preciso sentir isso nos ossos para cantá-la corretamente”, explicou Sebastian.
“Sempre escrevi músicas. Isso é tão confuso para as pessoas. Elas dizem: ‘Você não escreveu ‘I Remember You’.’ Certo, vamos seguir essa lógica. Como eu disse, algumas pessoas tentam escrever uma música inteira e me entregar. Mas isso raramente acontece. Às vezes, sim. [Risos] Rachel [Bolan, baixista do Skid Row] e Snake [Dave Sabo, guitarrista do Skid Row] me mostraram I ‘Remember You’, e eu pensei: ‘Ok, tá feito. Próxima? Essa música está pronta!’”
“Se eu seguir essa lógica de ‘você não escreveu isso’, então eu deveria entrar lá e dizer: ‘Ok, vou mudar isso só para colocar meu nome nisso, porque sou um babaca’. [Risos] Eu não trabalho assim. Muitas pessoas fazem isso. Nomes que não direi pensam: ‘Eu sou o compositor, então preciso escrever uma música.’ Eu nunca penso assim. Se o meu vizinho tiver um riff incrível, não me importo que seja meu vizinho. Ei, vamos trabalhar nisso. Estou interessado no conteúdo. Não no formato. Não dou a mínima para o logo. Não me importa. Isso não significa nada para mim. Me importo com o que está dentro do disco. Me importo com o riff de ‘Monkey Business’, que escrevi com Snake, mesmo que meu nome não esteja lá. Eu criei aquele riff com ele. Estou no metal. Estou no heavy metal.”
“Alguns fãs dizem: ‘Por que os álbuns do Sebastian soam mais como os primeiros discos do Skid Row do que o próprio Skid Row?’ E eles soam. Não estou me gabando — soam. Eles simplesmente soam. Eu tenho dois ouvidos. Eu consigo ouvir”, continuou Bach. “O motivo disso é que eu era o cara no estúdio durante [o segundo álbum do Skid Row] ‘Slave To The Grind’, com [o produtor] Michael Wagener, sentado ao lado dele, escolhendo os sons dos amplificadores, dirigindo pela cidade escolhendo os Marshalls que gostávamos. Era eu, não outra pessoa. Era eu e Michael Wagener, porque éramos fãs de metal. Como Accept, que ele produziu. Malice, que ele produziu. Nós éramos os verdadeiros caras do heavy metal. Alguns dos caras daquela banda gostam de [Bruce] Springsteen e Southside Johnny, e essa é a cena deles. Alguns gostam de Ramones e punk. Eu trouxe o metal. Eu era o fã de heavy metal daquela banda. Quando você ouve [os discos solo de Bach] ‘Angel Down’ ou ‘Child Within The Man’, eles se encaixam perfeitamente com ‘Slave To The Grind’.”
“Quando me envolvo em algo, as pessoas dizem: ‘Ele é difícil de trabalhar.’ Porque nada vem fácil. Nada. Não sou difícil de trabalhar quando alguém diz: ‘Você gosta dessa música?’ e a música é ‘I Remember You’. Esse é o dia mais fácil de todos. [Risos]”