The Cult – Vibra, São Paulo

23/02/2025
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Vibra São Paulo
Por Otávio Juliano – Instagram @showsbyotavio

Por Leandro Anhelli – Instagram @anhelli1980

A sensação de quem esteve no Vibra São Paulo no último domingo era de presenciar um show de Rock em um pequeno clube dos anos 80, sem maiores aparatos visuais. Somente banda e público.

A cada canção executada uma única cor predominava na luz do palco e era só isso. Com telões desligados, apesar da casa de shows comportar um público de aproximadamente 7 mil pessoas e estar lotada, a opção foi por ser minimalista no aspecto visual, mas gigante musicalmente.

Assim se apresenta o The Cult, banda inglesa que já foi considerada gótica e transitou pelo Hard Rock na década de oitenta, mas sem deixar em momento algum de ser genuinamente um importante (e relevante) nome do Rock N` Roll.

Foi uma noite mágica e memorável para quem é fã da carreira do The Cult e de clássicos como “Rain”, com sua inconfundível levada inicial de bateria, e “Revolution”, uma “quase balada” ainda mais incrível quando tocada ao vivo, ambas composições do disco “Love” (1985), um marco comercial da banda.

Com um repertório que abrangeu a maior parte de sua discografia e ainda promovendo a turnê “L’America 8525”, em comemoração aos 40 anos de banda (completados em 2023), o show The Cult foi pura energia no palco. Rock N` Roll na essência.

Sucessos como “Sweet Soul Sister”, “Spiritwalker”, “Fire Woman” e “She Sells Sanctuary” foram bem recepcionadas pelo público, acompanhadas por muitas palmas, como era de se esperar.

Aos 62 anos, Ian Astbury, um amante das temáticas indígenas, continua com uma voz que impressiona e emociona, especialmente ao cantar a clássica “Edie (Ciao Baby)”, canção que fez a plateia, por vezes mais contida, levantar aparelhos celulares com o intuito de gravar um trecho da apresentação.

Acompanham Astbury, seu fiel parceiro Billy Duffy, guitarrista também responsável pela criação da banda e por toda a discografia do The Cult, além do baterista John Tempesta, desde 2006 e Charlie Jones (baixo), que se juntou ao grupo em 2020.

Relativamente curto, o show durou cerca de noventa minutos, ainda que os fãs gritassem por mais quando Ian anunciou “Love Removal Machine”, canção que fechou a noite e foi originalmente produzida por Rick Rubin, sendo um marco na mudança de direção do The Cult, nos idos de 1987, quando lançou o álbum de Hard Rock “Electric” e finalmente ganhou notoriedade no mercado norte-americano.

Uma apresentação de Rock simples e direta ao ponto, sem deixar nada a desejar musicalmente.

Mais cedo

Enquanto o público ainda chegava ao Vibra São Paulo, os americanos do Baroness ficaram com a missão de abrir o show do The Cult, tocando por uma hora canções de sua discografia composta por seis álbuns de estúdio lançados.

Com uma mistura de Sludge, Rock alternativo e Metal progressivo, o Baroness executou um repertório de dez músicas, incluindo “Last World”, do mais recente disco “Stone” (2023), e as mais antigas “Isak” e “Take My Bones Away”.

Formado por John Baizley (vocal e guitarra), a guitarrista Gina Gleason, Nick Jost (baixo) e Sebastian Thomson (bateria), o Baroness, apesar do estilo diferente do The Cult, acabou bem recebido pelo público, encerrando a apresentação para uma casa já bastante cheia, por volta de 21hs.

Agradecimentos à Liberation MC e Tedesco Mídia pela atenção e credenciamento da equipe da rádio.  

Setlist The Cult:

In the Clouds

Rise

Wild Flower

Star

The Witch

Mirror

War (The Process)

Edie (Ciao Baby)

Revolution

Sweet Soul Sister

Resurrection Joe

Rain

Spiritwalker

Fire Woman

 

Bis:

Brother Wolf, Sister Moon

She Sells Sanctuary

Love Removal Machine

Fonte: Redação Kiss FM

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