Knotfest – Allianz Parque, São Paulo

20/10/2024
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Allianz Parque
Rafael Adami – Instagram @hafadami

Fotos por Rogério Talarico – Instagram @rogeriotalarico

O segundo dia do Knotfest, com o tempo ainda nublado, mas praticamente sem chuva, começou com o show das bandas brasileiras The Monic e Papangu no palco Maggot, em demonstração de que o dia prometia ser tão bom ou melhor do que o anterior.

 

A abertura do palco principal ficou a cargo da cantora Poppy, que direcionou sua carreira para o metal há pouco tempo. Num passado não muito distante, produzia conteúdos e video clipes um tanto polêmicos no Youtube. A mudança aparentemente teve um efeito bastante positivo, pois Poppy entregou um show contagiante e de alta performance com bastante influência do metal industrial.

 

Na sequencia, com um público já maior que o primeiro dia no mesmo horário, o P.O.D. encarregou-se de inflamar os amantes do nu metal com riffs pesados e muita energia. A banda formada em 1992 mostrou que está mais em forma do que nunca. Destaque para os clássicos “Youth of the Nation” e “Alive” que encerraram na sequência, a apresentação.

 

Num intervalo menor do que cinco minutos, os primeiros riffs de guitarra da lendária banda nacional Korzus já soavam no outro palco. Com a competência de sempre, a banda com mais de 40 anos de estrada transformou o público fã do thrash metal num verdadeiro enxame de abelhas. Não faltaram as tradicionais rodas.

 

Assim que o Korzus terminou sua apresentação, surgiu uma verdadeira legião de fãs, principalmente das arquibancadas erguendo bandeiras aos gritos histéricos de… Baby Metal. Momentos antes do trio entrar no palco, era possível ver muitas crianças e adolescentes (com seus respectivos responsáveis) se posicionando estrategicamente para assistir ao show, devidamente uniformizados com camisetas da banda. Baby Metal se resumiu em uma mistura explosiva da doçura de 3 meninas japonesas usando vestidos de boneca com o grotesco do heavy metal.  É possível afirmar que foi o show que o público reagiu com mais euforia além dos anfitriões Slipknot. As 3 cantoras abusaram da simpatia, com sorrisos e chifrinhos do metal, acompanhadas por um som muito bem executado pelos seus mascarados músicos.

 

A difícil tarefa de manter o público animado após o Baby Metal ficou sob responsabilidade da Seven Hours After Violet, única banda internacional que utilizou o palco Maggot. Formada pelo baixista do System of a Down Shavo Odadjian, a recém criada banda não decepcionou, e entregou um show com boa qualidade de performance e sonoridade.

 

Às 17:30, foi hora de tirar alguns fãs do Baby Metal da sala (no caso do estádio), pois Till Lindemann (vocalista do Rammstein) transformou o palco do Knotfest praticamente num “inferninho”. Seus músicos, vestidos de roupas de couro vermelho pra lá de exóticas (BDSM) e o baterista com seios falsos e mordaças com ganchos na boca entregaram um metal industrial extremo, potente e praticamente perfeito.

 

Ao cair da noite, o Ego Kill Talent foi a penúltima banda representando o Brasil no festival. Destaque pra Emmily Barreto, vocalista da banda, que demonstrou muita técnica e simpatia com o público presente.

 

Quando os americanos do Bad Omens entraram no palco, deu pra notar que tinha muita gente ansiosa pra ver a banda pela primeira vez em palcos brasileiros. A mistura de música eletrônica, riffs pesados e vocais que variam do soft ao gutural extremo contagiou o público, que cantou junto em várias oportunidades. O show começou com “Concrete Jungle” e “Artificial Suicide”. Já na terceira música (V.A.N.) a esperada participação da cantora Poppy, que voltou ao palco algumas horas depois da sua apresentação, e mais uma vez não decepcionou. A produção do palco também chamou atenção pela qualidade. Telas de led estrategicamente posicionadas simulavam diferentes ambientes em cada música, desde prédios, árvores, concreto, folhas. Destaque pra versatilidade do vocalista Noah Sebastian, que varia desde um vocal quase feminino ao gutural extremo.

 

A última banda nacional do festival foi o Black Pantera, que mais uma vez demonstrou porque são escalados para quase todos os festivais da atualidade. Em constante ascensão, a banda esbanja talento e segurança na execução das músicas, agitando grande parte do público presente com um som pesado e honesto.

 

E novamente, por volta das 21:20, o Slipknot entrou com a mesma disposição e energia da noite anterior, dessa vez apresentando com exclusividade para o público brasileiro conforme prometido, o primeiro disco na íntegra. Novamente nosso garoto prodígio Eloy Casagrande foi ovacionado diversas vezes pelo público.  Foram 14 músicas, começando com “(sic)”, “Eyeless” e Wait and Bleed”, terminando com “Surfacing e “Scissors”. Por diversas vezes o vocalista Corey Taylor, com sua máscara de olhos vermelhos iluminados, enfatizou o carinho que a banda tem pelo público brasileiro. Com certeza eles sentiram que o carinho é recíproco.

 

Setlist:

 

1- (sic)

2- Eyeless

3- Wait and Bleed

4- Get This

5- Eeyore

6- Me Inside

7- Liberate

8- Purity

9- Prosthetics

10- No Life

11- Only One

 

BIS

12- Spit it Out

13- Surfacing

14- Scissors

 

Agradecimentos à 30e e Trovoa Comunicação.

 

 

Fonte: Redação Kiss FM

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