“Obrigado São Paulo por um dos melhores shows que já tivemos! Épico, épico, épico!”

Billy Corgan, vocalista e guitarrista do The Smashing Pumpkins, postou exatamente esta mensagem no Instagram, de forma colaborativa com a conta oficial da banda, juntamente com um trecho da canção “Landslide” ((Fleetwood Mac), gravado na apresentação de domingo, em São Paulo.

Se, na opinião de Corgan, a noite de ingressos esgotados na capital paulista foi assim tão especial, do ponto de vista de quem esteve presente na plateia a sensação foi a mesma: um show memorável, repleto de canções famosas e nostalgia dos anos 90.

Referência no chamado Rock alternativo, o The Smashing Pumpkins foi formado nos Estados Unidos no final da década de 80 (em 1987), mas alcançou mesmo o sucesso com o lançamento de seu segundo disco, “Siamese Dream” (1993). Deste álbum saíram composições como “Disarm” e “Cherub Rock”, tocadas no domingo.

Além das duas citadas, “Today” é outra faixa desse disco de 1993 que foi ovacionada quando Billy e cia a executaram logo no início do show. O público se empolgou com a mistura de música alternativa, Pop, Rock e uma boa pitada de psicodelia.

A iluminação colorida do palco tornou o clima ainda mais sombrio e lindo de se apreciar, enquanto a banda se esforçava para entregar a melhor apresentação possível. Tudo parecia perfeitamente alinhado, do som ajustado e alto, às luzes e à energia que emanava da plateia que lotou o Espaço Unimed.

Clássicos como “1979” e “Tonight, Tonight”, que dispensam maiores apresentações, levaram igualmente o público à loucura, e foram acompanhadas por efusivos aplausos e muito cantoria. Eram certamente duas das mais esperadas pelos fãs e a banda não decepcionou.

O show teve alternância de momentos mais pesados, como durante a execução da cadenciada “Beguiled”, um dos destaques da noite para este repórter que vos escreve, e ainda “Doomsday Clock”, sombria e repleta de distorções; com a calmaria dos covers de “Landslide” (Fleetwood Mac) e “Shine On, Harvest Moon” (Ruth Etting), em versões “voz + violão” somente.

É curioso observar que, mesmo com trabalhos de estúdio marcados pela diversidade de gêneros musicais, tendo a versatilidade como uma marca da banda, ao vivo o The Smashing Pumpkins surpreende com uma sonoridade muito pesada, fazendo o público por vezes se sentir em um show de Metal industrial.

“Jellybelly”, faixa do disco “Mellon Collie and the Infinite Sadness” (1995), que trouxe ainda o premiado single “Bullet With Butterfly Wings”, é outro exemplo de versão ao vivo carregada de energia e peso pelos norte-americanos.

A prova de que o domingo à noite foi memorável não somente para os fãs presentes, mas também para a banda, como indicado pelo próprio Billy Corgan na citada postagem do Instagram, é que até mesmo um não programado bis fez parte do repertório, com uma versão para “Ziggy Stardust” (David Bowie) com James no vocal, quando uma parte do público já se encaminhava para a saída, acreditando que o show havia chegado ao final.

A “The World is a Vampire Tour”, que foi um sucesso nos Estados Unidos, finalmente chegou ao Brasil! Felizes aqueles que puderam comparecer ao Espaço Unimed para vivenciar essa entrega e dedicação da banda no palco. O The Smashing Pumpkins ainda passa por Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia e Costa Rica, para completar sua passagem pela América Latina.

Agradecimentos a Fabiana Villela (Talento Comunicação) pela atenção e credenciamento da equipe da rádio.

Banda:

Billy Corgan – vocal e guitarra

James Iha – guitarra

Jimmy Chamberlin – bateria

Jack Bates – baixo

Kiki Wong – guitarra

Setlist:

The Everlasting Gaze

Doomsday Clock

Zoo Station (U2)

Today

That Which Animates the Spirit

Tonight, Tonight

Beguiled

Ava Adore

Disarm

Landslide (Fleetwood Mac)

Shine On, Harvest Moon (Ruth Etting)

Mayonaise

Bullet With Butterfly Wings

Empires

Perfect

Sighommi

1979

Jellybelly

Gossamer

Cherub Rock

Zero

Bis

Ziggy Stardust (David Bowie)