Knotfest – Allianz Parque, São Paulo

19/10/2024
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Allianz Parque
Rafael Adami – Instagram @hafadami

Fotos por Rogério Talarico – Instagram @rogeriotalarico

O primeiro dia do Knotfest, realizado no Allianz Parque sob uma chuva fina e quase incessante, foi marcado pela performance avassaladora da banda idealizadora do festival, o Slipknot. No entanto, antes do grande show, diversas bandas se apresentaram nos dois palcos do evento

 

Precisamente às 12:30 a Eskrota, banda nacional de thrash crossover, abriu o palco Maggot agitando os primeiros moshes.

 

A abertura do palco principal (Knotstage) foi por conta do Orbit Culture, que representou de forma exemplar o poder do metal sueco. Vocal potente e guitarras bem timbradas.

 

Para trazer mais dinâmica ao festival, as apresentações internacionais eram intercaladas com as nacionais. Enquanto o palco principal era desmontado e preparado pra próxima atração, os paulistas do Kryour apresentavam um metal melódico muito competente no outro palco, para já quase metade da ocupação de público do Allianz.

 

Público esse que testemunhou na sequência os veteranos do Dragon Force, banda classica de power metal. Teve duelo de guitarras, solos extremamente velozes, versões de “My Heart Will go On” da Celine Dion e “Wildest Dreams” da Taylor Swift. Pra finalizar, tocaram sua música quase impossível “Through the Fire and Flames” do Guitar Hero, para delírio dos fãs do jogo.

 

A cena do metal mineiro não poderia ficar de fora do festival, e quem a representou com autoridade foi a Eminence. A banda mostrou muita energia e competência em seus 30 minutos de show. Com esse mesmo tempo de apresentação, o público já bastante aglomerado na frente dos palcos ainda testemunhou os shows de qualidade internacional do Project 46 e da lendária banda do death metal nacional Krisiun.

 

Se a Suécia já havia sido bem representada pelo Orbit Culture, o Meshuggah elevou ainda mais esse patamar, com uma verdadeira aula de metal extremo passando por quase todas as fases dos seus 40 anos de carreira, com melodias complexas e muita distorção nas guitarras.

 

Mais Suécia: O estilo viking do Amon Amarth com um excelente death metal melódico equilibrou peso e agressividade com riffs de guitarra vibrantes. O carismático vocalista Johan Hegg arriscou algumas palavras em português, brindou com o público bebendo em um copo de chifre e fez o público remar ao som de “Put your Back inte the Oar”. Destaque para o palco temático, com duas estátuas gigantes de guerreiros nórdicos e a bateria cercada de madeira simulando uma embarcação viking.

 

Ao cair da noite e com lotação quase completa do Allianz, o Mudvayne finalmente fez seu primeiro show no Brasil em 30 anos de carreira. Considerada umas das grandes do movimento nu metal, entregaram uma performance digna dessa fama. “Not Falling” foi a escolhida pra abrir um show repleto de hits acompanhados quase sempre do coro de vozes do público. O vocalista Chad Gray, com sua tradicional maquiagem no rosto, manifestou algumas vezes durante o show a satisfação de tocar em solo brasileiro pela primeira vez.  Falando em maquiagem, teve homenagem do guitarrista Marcus Rafferty com a bandeira do Brasil estampada na careca e do baterista Matthew McDonough com o rosto pintado de verde amarelo. O show também contou com os clássicos “Determined”, “Death Blooms”, “Word So Cold” e “Dig”.

 

Antes do Grand Finale, a última banda nacional, o Ratos de Porão, tinha 45 minutos de apresentação. Apesar dos 15 minutos a mais que as outras bandas nacionais, um problema técnico de iluminação deixou a banda tocando no escuro, contrastando com o iluminado palco do Slipknot sendo preparado. Sem perder a esportiva, João Gordo brincou com a situação, citando o apagão ocorrido na semana anterior em São Paulo. A maturidade da banda de mais de 40 anos de estrada foi fundamental, e mesmo em situação adversa entregaram um som extremamente competente.

 

Precisamente às 21:17, sob um coro intenso do público reverenciando o baterista brasileiro Eloy Casagrande, as luzes do palco principal se apagaram (dessa vez propositalmente) para o início do tão esperado show do Slipknot.

Os primeiros riffs de “(SIC)” revigoraram até os visivelmente mais cansados na platéia, e o show seguiu, hit atrás de hit com essa mesma energia. Com ênfase nos 3 primeiros álbuns (“Eyeless”, “Wait and Bleed”, “Duality”, Before I Forget”, etc…), o setlist contemplou também os clássicos “Psychosocial” e “Unsainted”. A produção de figurino, iluminação, execução, performance e som somados não deixaram dúvidas de quem era o “dono da festa”, e reafirmam a banda com uma das gigantes do mainstream.

 

Setlist:

 

1- (sic)

2- Eyeless

3- Wait and Bleed

4- Before I Forget

5- Disasterpiece

6- Psychosocial

7- The Devil in I

8- The Heretic Anthem

9- Unsainted

10- Custer

11- Prosthetics

12- Vermilion

 

BIS

13- Duality

14- Spit it Out

15- Surfacing

 

Agradecimentos à 30e e Trovoa Comunicação.

 

 

Fonte: Redação Kiss FM

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