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Metallica: “Para mim, colocar palavras na música é como colocar outro instrumento”, revela James Hetfield

Foto: Reprodução/Facebook

Podemos afirmar que James Hetfield é muito bom com as palavras. Principalmente, se pensarmos na quantidade de letras realmente ótimas que ele escreveu com o Metallica.

Mas como será que James chegou até este nível de composição? Existe um ditado que diz, “para escrever bem é necessário ler muito”. Mas será que James é um leitor assíduo ou suas inspirações vem de coisas mais simples.

Para surpreender grande parte das pessoas que adoram seu trabalho como letrista, James afirma ser um amante das palavras. Ele não é um grande consumidor de livros, mas busca significados, anota boas palavras em uma lista particular, além de folhear livros em busca de boas palavras.

Em um novo episódio do programa The Metallica Report, James falou sobre esta incrível arte de ser um bom arquiteto de letras de música. Ele também mencionou sua apreciação pelo músico e compositor americano Tom Waits.

Veja o que explicou James Hetfield:

“Para mim, que não estudo muito literatura, aliás, nunca estudo, na verdade, todos os livros que você deveria ler quando criança, eu não li, mas pego um livro e folheio. Geralmente vejo palavras que são interessantes e isso é por curiosidade. E eu diria que vindo de um background gráfico, a aparência de uma palavra é quase mais importante. Como ‘Lux Æterna’, quão legal é isso? Tem um X nele, e então o A e E juntos. Quão legal. É quase como parece.

Quanto a Tom Waits ser apenas um mestre artesão em letras, pintando um quadro em uma frase, isso me interessa, e dá trabalho. Eu vi Tom meio que viver isso. Era seu vocabulário também. Ele conseguia sentar e falar assim. Eu não consigo.

Ter acesso às fontes e dicionários e coisas assim hoje em dia é tão bom. Quer dizer, alguém me envia algo e eu olho para uma palavra e não sei o que é. Eu destaco e depois procuro. Ei, ótimo. Eu entendi. Eu folheio livros só para ver palavras legais e as coloco em uma pequena pilha e descubro onde elas pertencem. Então é como construir um veículo, construir algo, colecionar muitas palavrinhas. E como elas se encaixam? O que isso realmente significa? Isso é o suficiente para um assunto? Então eu vou e assisto a uma banda como Green Day, e eles têm algo simples, ‘conheça seu inimigo’ ou ‘você conhece seu inimigo?’, algo assim. É, tipo, é tão cativante e ótimo que fica na sua cabeça, mas isso não é realmente genialidade literária. Então ‘genialidade’ é outra palavra que eu acabei de inventar. E há momentos em que eu invento palavras só para passar uma mensagem também.

Para mim, colocar palavras na música é como colocar outro instrumento. Então, se ‘e’, ​​’o’, ‘se’, essas coisas atrapalham, simplesmente livre-se delas. Você só quer que as palavras substanciais entrem ali e passem a mensagem e sejam vagas o suficiente. Mas eu não sou um contador de histórias. Eu não sou isso.”

Fonte: Mundo Metal – Fabio Reis

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