“Espero que a gente tenha feito jus a tanto carinho, obrigado São Paulo.” Foi assim que o gaúcho Humberto Gessinger, ex-Engenheiros do Hawaii, terminou a noite de sábado, no Espaço Unimed.
O público que esgotou os ingressos para a apresentação “abraçou” o músico, recebendo-o de forma carinhosa e bastante receptiva, muitas vezes fazendo-o parar de cantar ao microfone para ouvir apenas o coro dos fãs, que sabiam as canções da sua antiga banda na ponta da língua.
Quando estava ao teclado, durante a execução de “Piano Bar”, Humberto até brincou parecer que era a plateia que havia escrito a letra da música, tamanho o afinco com que os presentes cantavam as letras.
Como anunciado, o show fez parte da turnê que celebra os álbuns acústicos gravados pelos Engenheiros do Hawaii, em 2004 (“MTV Acústico”) e 2007 (“Acústico: Novos Horizontes”). Com o nome do mais recente disco, “Revendo o que Nunca foi Visto Tour”, Gessinger tocou por quase duas horas, passando pelos maiores sucessos de sua carreira, incluindo também composições solo e inéditas.
Ainda que por vezes pareça contido ao se comunicar com a plateia, Humberto tem o pleno comando do show, deixando que sua suave voz tome conta do espetáculo, contando com ótimos músicos ao seu lado. “Sem Piada Nem Textão” e “Paraibah”, parceria com Chico César, foram algumas das músicas que não fizeram parte dos acústicos do passado, mas estiveram no repertório da apresentação.
Dos Engenheiros do Hawaii, “O papa é pop”, “Toda a forma de poder” e “Infinita Highway” foram alguns dos destaques, sempre com participação ativa dos fãs, que lotaram a casa para uma noite de celebração ao Rock nacional, por vezes subestimado, mas jamais esquecido.
O palco foi montado com duas grandes cortinas brancas nas laterais, iluminadas pelas luzes coloridas que se alternavam a cada canção tocada. Foi uma experiência incrível e tudo ficou muito bonito com o jogo de luzes, levando o público por vezes a vivenciar um clima mais intimista, de acústico mesmo.
Como na região houve jogo do campeonato brasileiro em um horário próximo da abertura da casa, a apresentação de Humberto começou mais tarde que o habitual, por volta de 22:45h, provavelmente para que as pessoas pudessem chegar com conforto ao local, vindo a terminar quando o relógio já marcava mais de 00:30h.
Para o bis Gessinger reservou mais momentos de agitação geral, que lhe renderam muitos aplausos e mais fãs cantando a plenos pulmões “Pra ser sincero” e “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, regravação dos Incríveis que ganhou o Brasil com os Engenheiros do Hawaii em 1989.
Agradecimentos a Access Mídia (Paola Correa) pela atenção e credenciamento da equipe da rádio.
Setlist:
O papa é pop (Engenheiros do Hawaii)
Até o fim (Engenheiros do Hawaii)
Quebra-cabeça (Engenheiros do Hawaii)
Vida real (Engenheiros do Hawaii)
Eu que não amo você (Engenheiros do Hawaii)
Surfando karmas & DNA / Paraibah
Dom Quixote (Engenheiros do Hawaii)
Alívio imediato (Engenheiros do Hawaii)
Toda forma de poder (Engenheiros do Hawaii)
Vertical (Engenheiros do Hawaii)
3×4 (Engenheiros do Hawaii)
Armas químicas e poemas (Engenheiros do Hawaii)
Simples de coração (Engenheiros do Hawaii)
Piano bar (Engenheiros do Hawaii)
Somos quem podemos ser (Engenheiros do Hawaii)
Novos horizontes (Engenheiros do Hawaii)
Outras freqüências (Engenheiros do Hawaii)
O preço (Engenheiros do Hawaii)
Segura a onda, DG
3º do plural (Engenheiros do Hawaii)
A montanha (Engenheiros do Hawaii)
Sem piada nem textão
Infinita Highway (Engenheiros do Hawaii)
Bis:
Refrão de bolero (Engenheiros do Hawaii)
Pra ser sincero (Engenheiros do Hawaii)
Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones (Os Incríveis)
