Best Of Blues And Rock Dias 07, 08,14 e 15/06

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Auditório do Ibirapuera
Texto por Otávio Augusto Juliano – Instagram @showsbyotavio

Fotos por Rogério Talarico – Instagram @rogeriotalarico

Em sua décima segunda edição, o tradicional festival Best Of Blues and Rock foi novamente realizado em São Paulo, contando com apresentações de atrações nacionais e internacionais durante as tardes e as noites de sábado e domingo.

 

Marcado pela sua itinerância em 2024, quando o festival passou por quatro cidades brasileiras, dessa vez a produção decidiu por concentrar o evento na capital paulista, com artistas e bandas escalados para tocar em quatro datas.

 

A equipe da Kiss FM esteve em presente em todos os dias, com registros fotográficos e em vídeo publicados na conta oficial do Instagram da rádio.

 

O primeiro final de semana do evento contou com atrações internacionais que se repetiram no palco do festival, no sábado e domingo. O ex-vocalista do The Verve, Richard Ashcroft, fez a estreia de seu show solo no Brasil, optando por repetir algumas canções no setlist de ambos os dias, como a festejada “Lucky Man” e o hit “Bitter Sweet Symphony”. Das oito músicas do repertório apenas três foram diferentes de um dia para o outro e a receptividade foi positiva, apesar do frio e de algumas faixas mais calmas, embaladas por voz e violão marcantes.

 

Já Dave Mathews Band, que retornou ao país depois de seis anos, optou por variar completamente o repertório nos dois dias de apresentações no Best Of Blues. E Dave tem currículo e lastro para tanto.

 

Contando com a projeção de imagens ao vivo do show na parede do fundo do auditório, que é marca registrada do festival e algo incrível de se ver, Matthews emplacou suas longas e trabalhadas canções ao longo de 3 horas, com um instrumental afiadíssimo, graças a seu talento e uma banda externamente competente e entrosada.

 

“Crash Into Me”, “Ants Marching” e “Everyday” não ficaram de fora dos shows, além de “What Would You Say” e “#41”, que contaram com a participação do harmonicista brasileiro Gabriel Grossi. Dave é muito expressivo e performático no palco, fazendo com que o público se contagie facilmente por sua música e apresentação ao vivo.

 

No domingo, os brasileiros do Barão Vermelho também foram destaque, levando ao festival sucessos autorais e versões para canções do Cazuza, Raul Seixas e a clássica “Malandragem dá um tempo”, de Bezerra da Silva. “Puro Êxtase”, “Bete Balanço” e “Pro dia nascer feliz” foram algumas músicas que empolgaram o público que chegava ao Ibirapuera durante a tarde.

 

A energia e a atmosfera são sempre destaques e características marcantes do Best of Blues. A plateia espalhada pelo gramado do Parque do Ibirapuera, ao fundo do belíssimo auditório concebido por Oscar Niemeyer, traz uma sensação inigualável de liberdade e aconchego para os fãs de Blues, Rock e demais vertentes da música que fazem parte do elenco de bandas escolhidas para as edições do festival.

 

Foi em meio a árvores e muito verde que outro grande nome retornou a São Paulo: Alice Cooper foi certamente a atração mais aguardada do sábado 14 de junho, o terceiro dia de Best of Blues and Rock.

 

Com disco lançado em 2023 – “Road”, e um novo álbum anunciado para julho – “The Revenge of Alice Cooper”, que contará com membros de sua banda original após mais de 50 anos, Cooper é um verdadeiro “patrimônio” do Hard Rock mundial.

 

Com o Brasil marcado em sua história, como bem lembrou o vocalista em entrevista coletiva que concedeu no Ibirapuera, graças a um show para mais de 160 mil pessoas no Salão de Exposições do Anhembi, em 1974, Alice segue “chocando” o mundo, com seu Rock teatral.

 

Em São Paulo não foi diferente. Já na abertura um grande pano estampava o título “Banido no Brasil”, como se fosse uma capa de jornal, pano esse logo rasgado pelo vocalista, ao som de “Lock Me Up”. Essa foi a primeira das encenações preparadas por Alice, que veio acompanhado de Nita Strauss, Ryan Roxie e Tommy Henriksen (guitarras), Glen Sobel (bateria) e Chuck Garric (baixo).

 

“Billion Dollar Babies”, “Welcome to My Nightmare” e “Feed My Frankenstein” trouxeram elementos teatrais à apresentação, que contou ainda com “Poison” e “School’s Out”, clássicos absolutos do artista.

 

Mais cedo, ainda no sábado, a jovem guitarrista Larissa Liveir fez sua estreia no palco do festival. Conhecida por vídeos publicados na Internet, Larissa escolheu alguns covers para seu show, emplacando versões de Led Zeppelin, Pink Floyd, Black Sabbath e, até mesmo, do “pai do Rock”, Chuck Berry.

 

Um dos principais nomes do Metal brasileiro na atualidade (se não for o principal), o Black Pantera fez também seu show para a abertura da noite de Alice Cooper. O trio mineiro composto por Charles Gama (voz e guitarra), Chaene da Gama (voz e baixo) e Rodrigo Pancho (bateria) “ganhou” o público do Best of Blues and Rock, festival que, como o próprio nome já diz, tem tradição em trazer ao Brasil grandes nomes do Rock e do Blues.

 

Com letras fortes e de cunho antirracista, o Black Pantera embalou os presentes ao som de “Candeia”, “Perpétuo”, “Fogo nos Racistas” e “Seleção Natural”, não deixando de agradecer imensamente o convite para fazer parte do evento.

 

O fechamento no domingo 15 de junho não podia ter sido melhor: outro importante nome brasileiro, o Hurricanes, com sua fusão justamente de Rock e Blues; a atração internacional Judith Hill, que tem no currículo Michael Jackson, Elton John e Stevie Wonder; e Deep Purple, uma das maiores bandas de todos os tempos e assídua frequentadora do nosso país.

 

Agradecimentos à Marra Comunicação (Priscila Previato e Vinícius Oliveira) e Dançar Marketing pela atenção e credenciamento da equipe da rádio.

Fonte: Redação Kiss FM

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