O lendário guitarrista Ace Frehley, cofundador do KISS, foi sepultado em seu bairro natal no Bronx, em Nova York, na última quarta-feira (22). O funeral aconteceu um dia após o memorial realizado na Sinatra Memorial Home, em Yonkers, reunindo familiares, amigos próximos e músicos que fizeram parte de sua trajetória.
De acordo com o radialista e amigo de longa data Eddie Trunk, o enterro aconteceu “muito próximo do local onde os pais de Ace foram sepultados, conforme ele desejava”. O velório, restrito a convidados, contou com cerca de 75 pessoas — entre elas, os ex-companheiros de KISS Paul Stanley, Gene Simmons e Peter Criss.
Um adeus à altura de um ícone do rock
Ace, cujo nome verdadeiro era Paul Daniel Frehley, faleceu em 16 de outubro, aos 74 anos, em Morristown, Nova Jersey, cercado pela família. Segundo informações do TMZ, ele foi hospitalizado após sofrer uma queda que resultou em uma hemorragia cerebral e, posteriormente, foi colocado em suporte de vida. A família decidiu interromper o tratamento dias depois.
O escritório do legista do Condado de Morris informou que nenhuma autópsia foi realizada, mas exames toxicológicos e análises externas estão em andamento. O laudo oficial deve ser divulgado nas próximas semanas.
Em nota, a família declarou:
“Estamos completamente devastados e de coração partido. Tivemos o privilégio de cercá-lo com amor, orações e palavras de paz em seus momentos finais. Ace deixou um legado imensurável e seu espírito viverá para sempre.”
De Spaceman a lenda eterna
Ace Frehley fundou o KISS em 1973 ao lado de Paul Stanley, Gene Simmons e Peter Criss. Ele participou dos nove primeiros álbuns do grupo e retornou em 1998 para o disco “Psycho Circus”. Foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 2014 junto aos outros membros originais.
Mesmo após sua saída definitiva em 2002, Frehley manteve uma sólida carreira solo. Seu álbum mais recente, “10,000 Volts”, lançado em fevereiro de 2024 pela MNRK Music Group, recebeu elogios por unir o som clássico do guitarrista a uma pegada moderna. Antes de falecer, ele trabalhava no projeto “Origins Vol. 3”, sequência das elogiadas coletâneas de covers lançadas em 2016 e 2020.
Uma vida de recomeços
Ace enfrentou desafios pessoais ao longo da vida, incluindo o abuso de álcool, mas celebrou sua sobriedade desde 2006, graças ao apoio da filha, Monique. “Olhei no espelho e percebi que ela tinha razão. Fui a uma reunião do AA naquela noite e nunca mais bebi”, contou em uma entrevista recente.
O músico deixa a esposa Jeanette Trerotola, a filha Monique, além de irmãos, sobrinhos e amigos que o acompanharam por décadas. Sua música e influência continuam vivas no coração de milhões de fãs em todo o mundo.
Por Lucas Falcão
