Para os fãs que ainda sonham com uma reunião do Skid Row e seu vocalista clássico, Sebastian Bach, a cada nova polêmica e troca de farpas pública entre as partes, vê essa possibilidade ficando mais e mais longe.
A grande realidade é que os atuais integrantes do Skid Row colocaram para si uma espécie de barreira interna quase intransponível quanto a possibilidade de Sebastian regressar a seu antigo posto. E verdade seja dita, o vocalista não ajuda em nada.
A cada nova entrevista ou participação em podcasts, lá estão as perguntas espinhosas. E, obviamente, Bach não perde a oportunidade de desferir novos ataques e, dessa forma, mantém as portas do Skid Row sempre fechadas para si.
E foi justamente o que aconteceu em uma nova entrevista concedida ao site Ultimate Classic Rock. Ao ser questionado se ele escreve músicas e letras regularmente, Sebastian não perdeu a oportunidade de se gabar em cima de seus ex-colegas de banda. Veja o que ele disse:
“Eu componho o tempo todo, mas nunca escrevo. (Risos). Deixe-me explicar o que quero dizer. Eu sempre fui um cara que coleciona coisas. Eu coleciono riffs, coleciono letras e coleciono títulos. Mas principalmente riffs. Eu posso transformar um riff em uma música. Um riff é um riff. Eu sei o que é um bom riff.
Eu conheci compositores que dizem, ‘eu vou escrever uma música para Sebastian Bach’. Eles colocam todo esse tempo, esforço e emoção nisso. Eles tentam terminar uma música inteira e me dar. Isso raramente funciona. Porque eu preciso sentir isso em meus ossos para cantá-la corretamente.
Eu sempre escrevi músicas. Sabe, é tão confuso para as pessoas. Elas dizem, ‘você não escreveu ‘I Remember You’.’ Ok, vamos seguir essa lógica. Como eu disse, algumas pessoas tentam escrever uma música completa e me dar. Mas raramente isso acontece. Às vezes acontece (Risos). Rachel Bolan e Snake Sabo tocaram ‘I Remember You’ para mim e eu disse, ‘ok, pronto. Próximo? Essa música está pronta!’.
Se eu vou seguir essa lógica de ‘você não escreveu isso’, então eu deveria entrar lá e dizer, ‘ok, eu vou mudar isso só para colocar meu nome, porque eu sou um babaca (Risos). Eu não trabalho assim. Muitas pessoas trabalham. Nomes que eu não vou dizer, eles pensam, ‘eu sou o compositor, então eu tenho que escrever uma música’. Eu nunca penso assim. Se meu vizinho tem um riff foda, eu não me importo que seja do meu vizinho. Ei, vamos trabalhar nisso. Eu gosto do conteúdo. Eu não gosto da forma. Eu não dou a mínima para o logotipo. Eu não me importo. Ele não significa nada para mim. Eu me importo com o que está dentro do disco. Eu me importo com o riff de ‘Monkey Business’, que eu escrevi com Snake, mesmo que meu nome não esteja lá. Eu criei esse riff com ele. Eu gosto de Metal. Eu gosto de Heavy Metal.
Alguns fãs dizem, ‘por que os álbuns de Sebastian soam mais como os primeiros discos do Skid Row do que o próprio Skid Row?’. E eles soam. Não estou me gabando, eles soam mesmo. Eles apenas soam assim. Eu tenho dois ouvidos. Eu posso ouvir. A razão para isso é que eu era o cara no estúdio em ‘Slave To The Grind’, junto com o produtor Michael Wagener, sentado ao lado dele, escolhendo os sons do amplificador, dirigindo pela cidade escolhendo os amplificadores Marshall que gostávamos. Era eu, não mais ninguém. Era eu e Michael Wagener, porque éramos fãs de Metal. Como Accept, que ele produziu. Malice, que ele produziu. Nós éramos os verdadeiros caras do Heavy Metal. Alguns dos caras daquela banda gostam de Bruce Springsteen e Southside Johnny e é isso que a cena deles é. Alguns caras gostam de Ramones e Punk Rock. Eu trouxe o Metal. Eu era o fã de Heavy Metal daquela banda. Quando você ouve os discos ‘Angel Down’ ou ‘Child Within The Man’, eles se encaixam perfeitamente na sonoridade de ‘Slave To The Grind’.
Quando me envolvo em algo, as pessoas dizem: ‘é difícil trabalhar com ele’. Porque nada vem fácil. Nada. Não sou difícil de trabalhar quando alguém diz: ‘você gosta dessa música?’ e a música é ‘I Remember You’. Esse é o dia mais fácil que existe, de todos (Risos)”.