Em entrevista com Thomas Blug da BluGuitar, o guitarrista irlandês Simon McBride, que se juntou ao Deep Purple em setembro de 2022 como substituto permanente de Steve Morse, falou sobre como tem sido para ele ocupar o lugar anteriormente preenchido por Ritchie Blackmore, Tommy Bolin, Joe Satriani e Steve Morse. Sobre sua abordagem para tocar as músicas clássicas do Deep Purple, Simon comentou:
“Bem, eu tento ser muito respeitoso com o que foi feito antes, porque, obviamente, há coisas que posso mudar e outras que não posso. É provavelmente por isso que às vezes pareço um pouco com o Steve ou com o Ritchie, porque estou tocando os solos deles e tentando colocar um pouco da minha própria influência nisso também. Mas é a única maneira de fazer isso. Acho que, se eu tentasse tocar como o Ritchie ou como o Steve, eles me mandariam embora. Porque eles disseram: ‘Queremos você. Não queremos cópias de ninguém.’”
McBride também falou sobre seu trabalho anterior ao Deep Purple com o tecladista do Purple, Don Airey, em suas turnês solo como membro do The Don Airey Band ou Don Airey & Friends. Ele disse:
“Don é o que chamamos de realeza do rock. Ele está por aí há anos e já fez de tudo. Mas, sim, na banda dele, basicamente tocávamos muitas coisas do Rainbow, Ozzy [Osbourne], Gary Moore, a lista continua, Whitesnake e todas essas coisas. Então foi muito divertido. Na verdade, só tocamos uma música do Deep Purple no set dele porque ele tem tantas músicas para escolher. E ele sempre quis tocar suas próprias coisas solo também, das quais eu fazia parte. Mas, sim, tem sido uma diversão nos últimos dez anos para mim.”
Em abril de 2023, McBride foi questionado pelo El Expreso Del Rock, da Colômbia, sobre como conseguiu o posto no Deep Purple. Ele respondeu:
“Eu conheço muito bem o Don Airey. Toco com o Don há [cerca de] 10 anos. E também conheço [o vocalista do Purple] Ian Gillan muito bem, e toquei com ele de vez em quando. Também conheço o Roger [Glover, baixista do Purple] e o Paicey [o baterista do Purple Ian Paice]. Conheço todos eles, toquei com todos eles, mas nunca ao mesmo tempo. E me dou muito bem [com eles]… Acho que eu era uma escolha natural para a banda porque… já conhecia o Don, toquei com ele e com o Gillan, e conheço os outros caras. Todos nós nos damos muito bem. Mas, sim, foi ainda assim… Quando recebi a ligação para fazer isso, foi simplesmente uma sensação bizarra. Acho que pulei de alegria.”
