Sharon Osbourne revelou qual seria o “plano B” caso Ozzy Osbourne não tivesse condições de se apresentar em seu show de despedida, realizado em 5 de julho, no Villa Park, em Birmingham, no Reino Unido.
O vocalista do Black Sabbath morreu 17 dias depois, em 22 de julho de 2025, aos 76 anos, encerrando uma das trajetórias mais lendárias da história do heavy metal. O evento, batizado de “Back To The Beginning”, marcou o primeiro show completo de Ozzy desde 2018 e reuniu uma plateia de mais de 40 mil pessoas, além de milhões de espectadores na transmissão global.
Nos anos anteriores, Ozzy enfrentou diversos problemas de saúde, incluindo cirurgias e complicações relacionadas ao Mal de Parkinson, diagnosticado em 2020. Parte dessa jornada é detalhada em seu livro de memórias póstumo, Last Rites, do qual o jornal britânico The Times divulgou um trecho inédito.
No livro, Ozzy descreve o medo de não conseguir subir ao palco no aguardado show:
“Três dias depois de finalmente chegarmos à Inglaterra, eu estava de volta ao hospital. Minha pressão arterial me manteve lá por oito dias, durante os quais eu não tinha nada para fazer além de me preocupar. Porque o show continuava crescendo. Quando todos esses grandes nomes foram anunciados — Guns N’ Roses, Metallica, Steven Tyler — eu pensei: ‘Puta merda, isso vai ser a resposta do metal ao Live Aid’.”
Mesmo diante da grandiosidade do evento, Ozzy admitiu que pensou em desistir:
“Deitado na cama à noite, eu pensava: ‘Não consigo ir, não consigo fazer isso’. Eu ficava dizendo para a Sharon: ‘É melhor gravarmos um vídeo, porque vai ter palco vazio’. Ela só me olhou como se eu estivesse louco. Sharon me conhece melhor do que eu. Ela sabia que eu só estava com medo.”
Em seguida, Last Rites revela o diálogo que mostra o verdadeiro “plano B” de Sharon caso Ozzy não conseguisse cantar:
“Sharon disse: ‘Olha, não haverá plano B. Nenhum vídeo. Nada pré-gravado. Se você não puder cantar naquela noite, apenas converse com a plateia e agradeça. Tudo o que você precisa fazer é subir lá e ser o Ozzy.’”
A decisão refletia a filosofia que guiou toda a carreira de Ozzy Osbourne — autenticidade, entrega e conexão direta com o público.
O show de despedida, que contou com uma reunião do Black Sabbath e participações de artistas como Metallica, Guns N’ Roses e Steven Tyler, se tornou um tributo à vida e à influência de Ozzy no rock e no metal.
Por Lucas Falcão