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Nita Strauss: “Eu não diria que cheguei ao fundo do poço. Eu não sou como Nikki Sixx, mas eu era uma viciada perigosa”

Foto: Reprodução

Muitos músicos do Rock e Metal tiveram problemas relacionados a vícios. Alguns deles sucumbiram enquanto outros buscaram mudar de vida e escolheram permanecer sóbrios. Ultimamente, muitos desta segunda turma tem usado entrevistas na mídia especializada para contar suas experiências e, dessa forma, ajudar fãs e outras pessoas que por ventura passem pelos mesmos tipos de problemas.

Nita Strauss, guitarrista da banda de Alice Cooper, é uma dessas. Em uma nova entrevista a Metal Hammer, Nita tocou neste tema espinhoso e disse qual foi o ponto em que resolveu enfrentar de frente seus problemas relacionados ao abuso de álcool e uso de drogas.

A entrevista foi concedida ao escritor Dave Everley e está na edição mais atual da Metal Hammer. Nita disse o seguinte:

“Eu não diria que cheguei ao fundo do poço. Eu não sou como Nikki Sixx, mas eu era uma viciada perigosa, porque, independentemente de estar usando drogas ou bebendo, eu era muito funcional. Eu estava fazendo todas essas coisas que poderiam me colocar em apuros, mas nunca fiz um show ruim, nunca fui desleixada. Mas era realmente insidioso, porque estava sangrando na minha vida pessoal.

Alguns dos caras da banda perceberam, mas foi preciso meu parceiro Josh, que agora é meu marido, me dizer: ‘Se você vai ficar assim, não sei quanto tempo vou ficar com você. Não posso ver você destruir sua vida assim’. Isso aconteceu no ponto mais alto da minha carreira profissional e parecia injusto, eu não conseguia entender por que estava sendo escolhida e por que tinha que ser careta e dormir cedo.”

Sobre como tem sido conviver em um meio onde muitas pessoas bebem e consomem drogas, a guitarrista confessa que tem sido difícil:

“É difícil, é mesmo. Meu marido ainda bebe, meus amigos ainda bebem, Alice está sóbrio há muito tempo, mas ele não se importa se as pessoas bebem, então há garrafas de vinho no camarim e bourbon no ônibus da turnê. A única coisa que fazemos diferente na minha turnê solo é que não colocamos álcool no camarim e não o estocamos no ônibus. As pessoas podem tomar uma cerveja no ônibus, mas eu digo: ‘Por favor, não deixem um monte de cervejas no ônibus’. Mas é difícil. Isso coloca sua ética e moral em perspectiva, eu tenho todas as oportunidades de beber e ninguém saberia, mas a sobriedade, para mim, é o que você faz quando ninguém está olhando.”

Fonte: Mundo Metal – Fabio Reis

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