O lendário baterista Mike Portnoy, do Dream Theater, surpreendeu fãs ao afirmar em entrevista recente que Lars Ulrich, do Metallica, sempre foi uma de suas maiores influências. Ao conversar com El Estepario Siberiano, Portnoy destacou que, embora nomes como Keith Moon (The Who), Ringo Starr (The Beatles) e Neil Peart (Rush) sejam referências clássicas, a postura e o papel de Ulrich dentro do Metallica tiveram impacto decisivo em sua carreira.

Para Portnoy, o diferencial de Ulrich vai muito além das baquetas. “Muita gente critica a técnica dele, mas o que me inspira é o conjunto: ele lidera a banda, define setlists, interage com fãs, cuida do merchandising e co-produz os álbuns. Ele é um exemplo de músico completo. Lars sempre foi um modelo para mim e, até hoje, vejo nele uma inspiração”, afirmou Portnoy, reforçando que prefere músicos que transbordam personalidade no palco.

Segundo Portnoy, Ulrich foi fundamental na criação de um novo estilo de bateria no metal, especialmente nos quatro primeiros álbuns do Metallica. “Aquelas batidas agressivas e progressivas moldaram o jeito de tocar metal. Aprendi muito com esses discos, assim como com Dave Lombardo (Slayer), Charlie Benante (Anthrax) e Vinnie Paul (Pantera)”, contou.

Portnoy também compartilhou uma experiência marcante ao lado de Ulrich, durante uma sessão de autógrafos. Ele ficou impressionado com a atenção e o respeito de Lars pelos fãs: “Ele olhava cada um nos olhos, conversava, fazia perguntas. Isso me ensinou o valor de tratar cada pessoa com carinho, independentemente do tamanho da banda”, relatou.

Ao comentar sobre a recorrente crítica técnica a Ulrich, Portnoy foi direto: “Prefiro assistir um baterista que me entretenha, que traga energia e presença de palco, do que alguém que só demonstre técnica apurada. O que Lars faz pela música do Metallica é algo insubstituível.”

Por Lucas Falcão