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Megadeth: “meu pensamento é, por que fechar portas? Não foi ideia minha não estar lá”, diz Ellefson

Foto: Reprodução

Alguns músicos, mesmo depois de saírem de determinada banda, acabam tendo sua história vinculada com aquela banda para sempre. Em grupos como o Megadeth, onde todos os acontecimentos giram em torno da figura de Dave Mustaine, esta é uma evidência ainda mais nítida.

Diversos músicos reconhecidos e de imenso talento já passaram pelo grupo. Nomes irrepreensíveis tecnicamente como Marty Friedman, Nick Menza, Chris Poland, Chris Broderick, Kiko Loureiro, David Ellefson e outros, sempre serão lembrados como ex-integrantes do Megadeth e dificilmente conseguirão se destacar dentro do Metal por trabalhos próprios.

Pode ser injusto, mas historicamente isso vem acontecendo.

Como todos sabem, David Ellefson acabou sendo demitido da banda após um escândalo sexual envolvendo uma fã. Ellefson trocava vídeos íntimos com a moça, fazia chamadas de vídeo de cunho sexual e esses vídeos acabaram vazando na internet.

Desde então, o baixista concedeu um grande número de entrevistas onde provocou Dave Mustaine, revelou bastidores do grupo e polemizou com assuntos do passado. Mas mesmo assim, em uma nova entrevista concedida ao El Planeta Del Rock, Ellefson disse que não vê o Megadeth como um capítulo finalizado em sua história. Ele argumentou:

“Não, olha, nunca é um capítulo finalizado. Quer dizer, eu ajudei a começar a banda. Eu estava lá desde o começo. Meu coração e alma estavam nisso. Você ouvirá isso nessas músicas para sempre. E, olha, esse estilo de vida, nosso estilo de vida, nossa ética de trabalho me influenciou para sempre. É parte de como eu ainda sigo em frente. Então, você não pode simplesmente pegar esse pedaço da sua vida e simplesmente tirá-lo e colocá-lo na prateleira. É parte de mim. Eu sempre serei parte disso.

E, ei, olha, não estamos dividindo o palco, não estamos fazendo isso agora. Mas, sim, meu pensamento é, por que fechar portas? Não foi ideia minha não estar lá. Então eu estou, tipo, ‘sim, tanto faz. Talvez outra hora. De qualquer forma, vamos para Roma. Vamos fazer um show. Vamos tocar algumas músicas com o Overkill’. Então, para mim, é tipo, ‘continue se movendo, cara’. Apenas preciso continuar me movendo.

Quando voltei para o Megadeth em 2010, isso não estava no meu espelho retrovisor, já agora estava na minha visão frontal. E foi assim que eu vi da primeira vez quando o Megadeth se separou temporariamente em 2002. Foi tipo, ‘bem, não fique sentado aqui e não se concentre no pequeno espelho retrovisor. Olhe pelo grande para-brisa na frente e veja o que está por vir’, e isso acabou sendo o Soulfly e todas essas outras coisas legais que surgiram. E então um dia, a próxima coisa que eu vi foi, ‘uau’, o Megadeth estava na minha visão frontal novamente. Tudo bem, vamos fazer isso por um tempo. Então, essa é minha visão sobre isso.”

Fonte: Mundo Metal – Fabio Reis

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