O Helloween deu início à sua aguardada “40 Years Anniversary Tour” na última sexta-feira (17 de outubro), em Esch-sur-Alzette, Luxemburgo, com um show histórico no Rockhal. A apresentação marcou o começo das comemorações de quatro décadas de carreira da lendária banda alemã de power metal — e trouxe um setlist repleto de raridades, surpresas e músicas inéditas.
Entre os destaques da noite, o grupo tocou “March of Time” pela primeira vez desde 2018, “Twilight of the Gods” após 37 anos e estreou ao vivo três novas faixas: “This Is Tokyo”, “Into the Sun” e “Universe (Gravity for Hearts)”. Os fãs também puderam ouvir clássicos como “I Want Out”, “Eagle Fly Free” e “Keeper of the Seven Keys”.
O show contou ainda com momentos acústicos especiais, solos e participações de Kai Hansen, reforçando a química entre os sete integrantes da atual formação.
Setlist do show de abertura – Helloween em Luxemburgo
- March of Time (primeira vez desde 2018)
- The King for a 1000 Years (desde 2008)
- Future World
- This Is Tokyo (estreia ao vivo)
- We Burn (desde 2016)
- Twilight of the Gods (desde 1987)
- Ride the Sky
- Into the Sun (estreia ao vivo)
- Drum Solo
- Hey Lord! (desde 2004)
- Universe (Gravity for Hearts) (estreia ao vivo)
- Hell Was Made in Heaven (desde 2014)
- I Want Out
- Medley acústico: Singin’ in the Rain / Pink Bubbles Go Ape / In the Middle of a Heartbeat
- A Tale That Wasn’t Right (versão completa)
- Power
- Heavy Metal (Is The Law) (com Kai Hansen)
- Halloween (desde 2018)
- Eagle Fly Free
- A Little Is a Little Too Much (estreia ao vivo)
- Dr. Stein
Keeper of the Seven Keys (trecho)
O poder de “Giants & Monsters”
A turnê celebra não apenas os 40 anos do Helloween, mas também o lançamento do novo álbum, “Giants & Monsters”, lançado em agosto pela Reigning Phoenix Music (RPM). O disco, considerado o mais versátil e dinâmico da carreira da banda, foi mixado nos lendários Wisseloord Studios, na Holanda, e consolida o grupo no topo do metal mundial.
Produzido por Charlie Bauerfeind e Dennis Ward, o álbum destaca o perfeccionismo da banda — o baterista Dani Löble, por exemplo, utilizou três kits de bateria diferentes para alcançar o som ideal em cada faixa.
Segundo os integrantes, a química entre eles é o que mantém a energia criativa viva.
“O que nos motiva é o fato de sermos extremamente diferentes. Isso gera energia criativa”, explicou Michael Weikath.
“No fim das contas, somos apenas sete caras que querem fazer música e aproveitar a força que surge quando estamos juntos”, completou Andi Deris.
Reflexão e maturidade
Em entrevistas recentes, Deris e Hansen afirmaram que Giants & Monsters soa mais direto e coeso que o álbum anterior, Helloween (2021).
“Estamos mais conectados agora. Ainda há diversidade, mas há uma linha clara que une as músicas”, disse Hansen.
“Dessa vez foi mais fácil colaborar, ouvir as ideias uns dos outros e se divertir no processo”, completou Deris.
O título do álbum também reflete uma metáfora poderosa.
“Somos gigantes por dentro, mas precisamos enfrentar os monstros da vida — nossos medos e limitações”, explicou Deris.
“É sobre lutar contra esses monstros todos os dias e deixar nossos sonhos e potencial se manifestarem.”
Por Lucas Falcão