O Soundgarden pode voltar aos palcos ainda este ano para uma apresentação especial na cerimônia do Hall da Fama do Rock, marcada para o dia 8 de novembro de 2025. A banda, um dos pilares do movimento grunge, será homenageada ao lado de nomes como The White Stripes, Cyndi Lauper, Bad Company, Outkast, Joe Cocker e Chubby Checker.

Em entrevista à Billboard, o guitarrista Kim Thayil confirmou que existe a intenção de se apresentar durante o evento — tradicionalmente marcado por performances mesmo de bandas que não estão com a formação original. No caso do Soundgarden, a ausência é sentida pela perda de Chris Cornell, falecido em 2017.

“É uma barra alta, e não apenas tecnicamente, mas emocionalmente”, afirmou Thayil, ao falar sobre a difícil missão de encontrar alguém à altura para homenagear o ex-vocalista. “Tem que haver uma reverência ao nosso irmão e fundador, ao seu legado criativo, assim como uma reverência a nós mesmos, coletivamente e um com o outro.”

O guitarrista revelou que alguns nomes já foram cogitados internamente, mas ainda não estão prontos para revelar quem poderá assumir os vocais nesse momento simbólico. Ainda assim, garantiu que a banda está trabalhando para tornar o tributo uma realidade.

Quem pode cantar no lugar de Chris Cornell?

Após a morte de Cornell, o Soundgarden se apresentou em duas ocasiões com vocalistas convidadas. Em 2021, participou de um evento ao lado de Brandi Carlile, e mais recentemente, no fim de 2024, subiu ao palco com a cantora Shaina Shepherd.

Essas experiências anteriores levantam a possibilidade de que uma das duas artistas possa ser convidada novamente — em especial por representarem bem a carga emocional que o momento exige.

Cornell queria essa homenagem

Kim Thayil também revelou que Chris Cornell era favorável à ideia de entrar para o Hall da Fama do Rock, e que o cantor via isso como uma validação importante para os fãs e para todos que ajudaram a construir o legado do grupo.

“Foi ele quem me convenceu de que os fãs e a comunidade do Soundgarden realmente apreciariam essa honra.”

Por Lucas Falcão