Em entrevista recente ao podcast Cutter’s Rockcast, a vocalista Lzzy Hale, do Halestorm, revelou que o novo álbum da banda está praticamente finalizado. “Estamos recebendo as mixagens enquanto conversamos”, disse ela, animada com o resultado do trabalho ao lado do premiado produtor Dave Cobb — conhecido por colaborações com nomes como Slash, Greta Van Fleet e Rival Sons.

Lzzy explicou que o processo de criação foi completamente diferente desta vez. Ao invés de chegarem ao estúdio com demos prontas, como sempre fizeram, a banda compôs e gravou tudo simultaneamente, em tempo real. “Era como: ‘Você tem uma ideia?’ ‘Sim, escrevi isso ontem.’ E já ligávamos os instrumentos e gravávamos”, explicou. A espontaneidade, segundo ela, gerou momentos únicos — até faixas que não têm metrônomo ou guia, porque “simplesmente esquecemos”.

Segundo Hale, o álbum mistura a intensidade das composições mais pesadas da banda com momentos introspectivos. “Tem faixas emocionais, outras mais cruas, e todas refletem quem somos agora, sem imposições ou pressões externas.”

Gravado em uma casa isolada no interior da Geórgia, o disco representa para Lzzy uma verdadeira jornada de autoconhecimento — tanto pessoal quanto artístico. “Pela primeira vez em 20 anos de gravadora, sentimos que ninguém colocou regras. É o álbum mais ‘Halestorm’ que já fizemos.”

A frontwoman acredita que essa liberdade trouxe de volta o espírito dos primeiros dias da banda. “Parece que demos uma volta gigante para voltar ao começo. Estávamos ali, os quatro, como no porão dos nossos pais, criando música por instinto. Só que agora com toda a bagagem que acumulamos.”

Além disso, o disco foi um mergulho na alma da vocalista. “É meu opus pessoal. Tem tudo que vivi — o lado sombrio e o claro. É mais sobre aceitar minha realidade do que me empurrar pra cima com frases de superação.”

Mesmo antes do lançamento, Hale afirma com segurança: “É o nosso álbum favorito. E, sinceramente, mesmo que ninguém goste, tudo bem. Porque nós amamos.”

Por Lucas Falcão