Dee Snider, o lendário vocalista do Twisted Sister, discutiu sobre o metal ser um gênero musical marginalizado e, responsabilizou os escritores e os jornalistas por isso. Segundo Dee Snider, eles “fodem com a música e a banalizam”, criando rótulos que soam mais depreciativos que qualquer outra coisa, apenas para “classificá-la em algo”, e citou como exemplos o “Hair Metal” e o “Grunge”. Ele explicou isso durante uma entrevista com Andrew Daly, em março de 2023.
Veja a declaração de Snider:
“Não estou aqui a hesitar ou a dizer que é você diretamente, mas culpo os escritores e jornalistas. Historicamente, eles têm fodido com tantas formas de música, mudando o seu curso para sempre. Eu pesquisei muito sobre o que estou a falar, e deixa-me dizer-te – é uma teia obscura de merda. Os jornalistas tendem a banalizar a música, querem apelidá-la e depois descartá-la como sendo uma moda passageira. Aconteceu com o blues, jazz, grunge, heavy metal, punk e muito mais. Agora, lembre-se destas etiquetas de género… Estas não eram designações auto-aplicadas. Tomemos como exemplo o “hair metal”; esse era um nome dado a essa forma de música rock por um jornalista que queria classificá-la em algo.
Eu poderia continuar, como com o jazz, eles chamavam-no assim porque achavam que era música frívola e tola. E rotulavam o blues da forma como o faziam porque sentiam que as pessoas que o tocavam estavam a choramingar e a reclamar. Então, esses não eram nomes que as pessoas que tocavam essa música usavam quando ela foi lançada; era feito por outras pessoas. E então chegamos ao heavy metal, Led Zeppelin era chamado de heavy metal, mas eles não eram heavy metal. Se você quer falar do metal antigo, quero dizer, Black Sabbath era nosso heavy metal. Então, é tudo besteira.
O metal foi marginalizado por escritores por anos, assim como todas as outras formas de música foram em algum momento ou outro. As pessoas não querem acreditar que é real ou tem valor, mas tem. Eles chamam Iggy Pop de música punk, mas há milhares de entrevistas onde ele denuncia isso. E então os caras do grunge, cara, as bandas grunge odiavam o termo “grunge” porque, para eles, era outro exemplo de pessoas relegando a música que não era real. Era como, “Você é música grunge. Você não é rock de verdade. Você é rock grunge.”
Questionado se o escrutínio a que o Heavy Metal foi submetido foi mais implacável em relação a outros gêneros musicais, ele respondeu:
“É difícil dizer. Posso dizer que quando saiu pela primeira vez, o que eu acho que foi quando os primeiros discos do Sabbath e do Zeppelin foram lançados, eles foram inovadores. Mas, de repente, esses termos estavam sendo aplicados a eles, o que diminuiu o que eles eram, quem eles eram, o que eles estavam fazendo e o que eles estavam alcançando. Eu acredito que começa com a natureza desdenhosa da imprensa, e então as pessoas seguem a liderança dos jornalistas e fazem todo tipo de suposições estúpidas. Muitas pessoas querem rejeitar diferentes tipos de música porque eu acho que é mais fácil para elas fazerem isso do que levar a sério e dar uma chance. É mais fácil para elas dizerem: ‘Ah, é heavy metal. Deve ser isso, ou deve ser uma droga.’ Honestamente, é bobo, e eu queria que isso parasse. Mas nunca vai parar.”
