Texto por Otávio Juliano – Instagram @showsbyotavio
Fotos por Rogério Talarico – Instagram @rogeriotalarico
Pela segunda vez no Brasil, São Paulo foi a cidade escolhida para a única e exclusiva apresentação dos americanos do Alter Bridge, realizada na última quarta-feira, no Espaço Unimed.
Ainda divulgando o mais recente álbum “Pawns & Kings” (2022), o que se viu na capital paulista foi uma banda focada em entregar um ótimo show aos seus devotos e emocionados fãs, que ocuparam praticamente 75% do local.
E quando se fala em Alter Bridge ao vivo, o foco é total nas composições que integram a discografia da banda, formada por sete álbuns de estúdio e alguns lançamentos em versão ao vivo. Há pouco espaço para interações com a plateia e, além de luzes coloridas e um pano de fundo com a capa de “Pawns & Kings”, nada mais se vê no palco.
A conexão entre os integrantes e os fãs existe pela paixão pela música, sem apelos visuais adicionais. Com técnica apurada, os excelentes músicos do Alter Bridge cumprem à risca a apresentação, trazendo grandes sucessos da carreira da banda, como “Addicted To Pain” e “Cry Of Achilles”, canções do aclamado disco de 2013, “Fortress”.
Mais estáticos no palco, é somente em “Broken Wings” que Myles deixa a guitarra de lado e se dedica apenas a cantar, passando a caminhar ao encontro do público. É também quando olha para os presentes e solta um sonoro “amazing” no microfone (em português, “incrível”, em clara referência à reação do público cantando junto com a banda).
Apesar do repertório já ser previamente esperado – o Alter Bridge vem mantendo basicamente a mesma sequência de músicas, com poucas variações, a grande surpresa acabou ficando por conta de “Lover”, que exigiu bastante da memória do vocalista, como falou o próprio Kennedy ao iniciar os primeiros acordes. A banda acabou por acompanhá-lo e a canção fez a alegria dos fãs.
“Watch Over You” e “In Loving Memory” foram executadas em formato acústico – a primeira com apenas Myles no palco, no melhor estilo “voz e violão”, e a segunda com participação do guitarrista Tremonti.
Esses momentos de calmaria foram contrapostos com outros tantos mais pesados e, porque assim não dizer, mais empolgantes. Pode-se citar aqui a faixa que dá título ao citado mais recente disco, “Pawns & Kings”, além de “Come To Life” e “Isolation”, que foram responsáveis pelos momentos mais “barulhentos” da noite.
Embora o som não estivesse tão ajustado no início da apresentação, tudo entrou nos eixos rapidamente e o Alter Bridge conseguiu levar ao público o melhor de sua música, com os pesados riffs de guitarra de Mark Tremonti, as densas linhas de baixo de Brian e a levada de bateria de Scott. E aqui vale destacar o entrosamento da banda, que se mantém com a mesma formação desde sua criação, em 2004, fato raro na carreira de muitos nomes do Rock.
O Alter Bridge conclui sua turnê pela América do Sul na Argentina e Chile e depois deve fazer uma pausa em 2024, quando Myles volta a trabalhar com o Slash, saindo em turnê mundial, enquanto Tremonti deve se dedicar a seus inúmeros projetos e lançamentos solo.
Ainda que o som da banda não seja dos mais cativantes para o gosto musical deste redator, é inegável que o Alter Bridge tem muita qualidade e talento para compor canções e também realizar um ótimo show, tendo angariado um grande número de fãs nesses quase vinte anos de carreira.
Agradecimentos à Catto Comunicação e Mercury Concerts pela atenção e credenciamento.
Banda:
Myles Kennedy – vocal, guitarra
Mark Tremonti – guitarra
Brian Marshall – baixo
Scott Phillips – bateria
Setlist:
Silver Tongue
Addicted to Pain
Ghost of Days Gone By
Sin After Sin
Broken Wings
Burn It Down
Cry of Achilles
Watch Over You
In Loving Memory
Blackbird
Come to Life
Lover
Pawns & Kings
Isolation
Metalingus
Bis:
Open Your Eyes
Rise Today
Texto por Otávio Juliano – Instagram @showsbyotavio
Fotos por Rogério Talarico – Instagram @rogeriotalarico
Pela segunda vez no Brasil, São Paulo foi a cidade escolhida para a única e exclusiva apresentação dos americanos do Alter Bridge, realizada na última quarta-feira, no Espaço Unimed.
Ainda divulgando o mais recente álbum “Pawns & Kings” (2022), o que se viu na capital paulista foi uma banda focada em entregar um ótimo show aos seus devotos e emocionados fãs, que ocuparam praticamente 75% do local.
E quando se fala em Alter Bridge ao vivo, o foco é total nas composições que integram a discografia da banda, formada por sete álbuns de estúdio e alguns lançamentos em versão ao vivo. Há pouco espaço para interações com a plateia e, além de luzes coloridas e um pano de fundo com a capa de “Pawns & Kings”, nada mais se vê no palco.
A conexão entre os integrantes e os fãs existe pela paixão pela música, sem apelos visuais adicionais. Com técnica apurada, os excelentes músicos do Alter Bridge cumprem à risca a apresentação, trazendo grandes sucessos da carreira da banda, como “Addicted To Pain” e “Cry Of Achilles”, canções do aclamado disco de 2013, “Fortress”.
Mais estáticos no palco, é somente em “Broken Wings” que Myles deixa a guitarra de lado e se dedica apenas a cantar, passando a caminhar ao encontro do público. É também quando olha para os presentes e solta um sonoro “amazing” no microfone (em português, “incrível”, em clara referência à reação do público cantando junto com a banda).
Apesar do repertório já ser previamente esperado – o Alter Bridge vem mantendo basicamente a mesma sequência de músicas, com poucas variações, a grande surpresa acabou ficando por conta de “Lover”, que exigiu bastante da memória do vocalista, como falou o próprio Kennedy ao iniciar os primeiros acordes. A banda acabou por acompanhá-lo e a canção fez a alegria dos fãs.
“Watch Over You” e “In Loving Memory” foram executadas em formato acústico – a primeira com apenas Myles no palco, no melhor estilo “voz e violão”, e a segunda com participação do guitarrista Tremonti.
Esses momentos de calmaria foram contrapostos com outros tantos mais pesados e, porque assim não dizer, mais empolgantes. Pode-se citar aqui a faixa que dá título ao citado mais recente disco, “Pawns & Kings”, além de “Come To Life” e “Isolation”, que foram responsáveis pelos momentos mais “barulhentos” da noite.
Embora o som não estivesse tão ajustado no início da apresentação, tudo entrou nos eixos rapidamente e o Alter Bridge conseguiu levar ao público o melhor de sua música, com os pesados riffs de guitarra de Mark Tremonti, as densas linhas de baixo de Brian e a levada de bateria de Scott. E aqui vale destacar o entrosamento da banda, que se mantém com a mesma formação desde sua criação, em 2004, fato raro na carreira de muitos nomes do Rock.
O Alter Bridge conclui sua turnê pela América do Sul na Argentina e Chile e depois deve fazer uma pausa em 2024, quando Myles volta a trabalhar com o Slash, saindo em turnê mundial, enquanto Tremonti deve se dedicar a seus inúmeros projetos e lançamentos solo.
Ainda que o som da banda não seja dos mais cativantes para o gosto musical deste redator, é inegável que o Alter Bridge tem muita qualidade e talento para compor canções e também realizar um ótimo show, tendo angariado um grande número de fãs nesses quase vinte anos de carreira.
Agradecimentos à Catto Comunicação e Mercury Concerts pela atenção e credenciamento.
Banda:
Myles Kennedy – vocal, guitarra
Mark Tremonti – guitarra
Brian Marshall – baixo
Scott Phillips – bateria
Setlist:
Silver Tongue
Addicted to Pain
Ghost of Days Gone By
Sin After Sin
Broken Wings
Burn It Down
Cry of Achilles
Watch Over You
In Loving Memory
Blackbird
Come to Life
Lover
Pawns & Kings
Isolation
Metalingus
Bis:
Open Your Eyes
Rise Today