Bob Dylan é acusado de abuso sexual infantil nos anos 60

Segundo o site Nação da Música, nesta quarta-feira (5), o processo que acusa Bob Dylan de abusar sexualmente de uma mulher quando ela era criança teve alguns depoimentos alterados por parte da acusação.

De acordo com o NME, no processo inicial, movido em agosto de 2021, uma denúncia anônima alegou que, ao longo de seis semanas, entre abril e maio de 1965, Bob Dylan, então com cerca de 20 anos, “fez amizade e estabeleceu uma conexão emocional” com a menina, de 12 anos na época, antes de abusar dela física e emocionalmente.

Nomeada no documento como JC, a mulher alegou que “sofreu lesões físicas e psicológicas, incluindo, mas não se limitando a, emoção severa e sofrimento psicológico, humilhação, medo, dissociação, raiva, depressão, ansiedade, turbulência pessoal e perda de fé, um choque severo em seu sistema nervoso, dor física e angústia mental e danos emocionais e psicológicos”. Um representante de Bob Dylan respondeu às acusações, dizendo:

“A alegação de 56 anos não é verdadeira e será vigorosamente defendida”.

O escritor britânico Clinton Heylin, responsável por diversos trabalhos sobre a vida e carreira do cantor, questionou a validade das alegações, citando o cronograma de eventos do artista na época.

“Dylan estava em turnê pela Inglaterra naquela época e esteve em Los Angeles por duas dessas semanas, mais um ou dois dias em Woodstock. A viagem durou 10 dias, mas Bob voou para Londres no dia 26 de abril e voltou para Nova York no dia 3 de junho. Se Dylan estava em Nova York em meados de abril, não durou mais que um ou dois dias. Woodstock era onde ele passava a maior parte do tempo quando não estava em turnê”, disse Heylin ao The Huffington Post.

Agora, segundo o Page Six, o advogado da vítima alterou o texto no processo de sua cliente, alegando que os encontros dela e de Bob Dylan duraram “um período de vários meses na primavera de 1965”.

Em resposta ao registro atualizado, um representante de Dylan comentou:

“A reclamação alterada recicla as mesmas reclamações fabricadas que a reclamação original apresentada em agosto. Eles eram tão falsos então quanto são agora. Buscaremos todas as opções legais, incluindo sanções contra os advogados por trás deste caso vergonhoso, difamatório e oportunista.”

Fonte: Nação da Música – Mariana Calheiros